Calor e incêndios florestais na Argentina: “está queimando tudo, é o caos”
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Publicado em 11/02/2025

 

 

Calor e incêndios florestais na Argentina: “está queimando tudo, é o caos”

 


A Metsul destaca que os incêndios florestais continuam devastando o Parque Nacional Lanín, em Neuquén, com mais de 5.000 hectares consumidos pelas chamas, principalmente na região do Vale Magdalena. Diante da gravidade da situação, as autoridades emitiram um alerta vermelho e convocaram reforços de bombeiros de diferentes localidades para tentar conter o avanço do fogo.

No sul de Río Negro, em El Bolsón, diversos focos permanecem ativos, exigindo intensos esforços das equipes de combate. Ariel Pérez, chefe da operação na área, ressaltou que a complexidade do cenário se agrava devido às condições meteorológicas adversas e ao relevo acidentado.

 

As chamas em El Bolsón se intensificaram nas últimas horas, tornando-se incontroláveis e forçando a evacuação de centenas de moradores. As autoridades organizaram uma evacuação gradual e coordenada de cerca de 700 residências, em um momento crítico, marcado por ventos de até 80 km/h, que dificultam significativamente o trabalho das equipes de resgate.

A prefeitura de El Bolsón determinou a evacuação de diversas áreas, incluindo Las Perlas del Azul, Paraíso, Hue Nain, Dulcería, Cascada Escondida, Loma del Medio, Doña Rosa, Camping Los Alerces, Campo Base e Camping do Rio Azul até o Paralelo. Bombeiros e brigadistas seguem mobilizados, mas as chamas já atingiram a margem do Rio Azul, impactando diretamente Hue Nain e Cascada Escondida.

“Nosso foco é proteger as casas, pois o incêndio ganhou força extrema”, afirmou Orlando Báez, do Serviço de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (SPLIF), ao jornal Río Negro. Ele ainda relatou que abrigos estão sendo organizados em escolas e campanhas de doação foram iniciadas para apoiar os desabrigados.

O prefeito de El Bolsón, Bruno Pogliano, expressou o desespero da comunidade diante da catástrofe. “Está queimando tudo, estamos em um caos total”, declarou ao jornal Bariloche 2000. “A situação é devastadora”, acrescentou, mencionando que os incêndios começaram no final de janeiro e, desde então, vêm se alastrando sem controle.

As operações de combate incluem o uso de aviões e helicópteros, enquanto autoridades investigam as causas dos incêndios. A Metsul destaca que as condições climáticas adversas, incluindo uma intensa onda de calor e ventos fortes, têm dificultado ainda mais o controle do fogo. A previsão indica queda na umidade relativa para níveis críticos e ventos persistentes de até 80 km/h, fator que tem impulsionado a rápida propagação das chamas.

A mobilização de brigadistas, bombeiros e voluntários segue intensa, com a chegada de mais aeronaves para conter o avanço do fogo e proteger as comunidades ameaçadas. A Metsul ressalta que a população local tem desempenhado um papel essencial ao oferecer suporte logístico e doações para as vítimas da tragédia.

A emergência na Patagônia argentina também gerou forte comoção nas redes sociais, onde usuários apelam por ajuda e compartilham imagens impressionantes da destruição e do esforço dos bombeiros. Empresas e entidades se uniram à mobilização, e o clube River Plate aderiu à campanha “Todos somos la Patagonia”, promovida pela Red Solidaria, para arrecadar doações destinadas às famílias afetadas.

O Exército Argentino, em parceria com o Serviço Nacional de Manejo do Fogo, também está mobilizado para apoiar as operações em Neuquén e Río Negro. Tropas e equipamentos foram deslocados para os Parques Nacionais Nahuel Huapi e Lanín, oferecendo suporte logístico e transporte para as equipes de combate.

Unidades militares especializadas, como a Escola Militar de Montanha e o Regimento de Infantaria de Montanha 26, atuam em áreas estratégicas, fornecendo estrutura de apoio aos brigadistas. Além disso, helicópteros do Exército estão sendo empregados para deslocamento das equipes e reconhecimento aéreo, utilizando câmeras térmicas para identificar focos ativos e otimizar as operações de combate.

A Metsul reforça que a situação exige monitoramento constante, dada a gravidade do cenário e o avanço rápido das chamas. Autoridades continuam implementando medidas emergenciais para minimizar os impactos e proteger o patrimônio natural da Patagônia.

Com informações Metsul e Observador Regional 

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