Tribunal do Júri de Campo Novo condena réu a 52 anos de prisão por feminicídio e tentativa de homicídio
O Tribunal do Júri da Comarca de Campo Novo condenou, na tarde desta quinta-feira (11), José Eduardo da Rosa, de 30 anos, a 52 anos e 11 meses de reclusão. Ele foi responsabilizado pelo assassinato de Jéssica Helena Machado, de 19 anos, e pela tentativa de homicídio contra a mãe da jovem, Noemi Mariazinha Machado, de 54 anos.
O julgamento durou cerca de oito horas e atraiu grande atenção da comunidade local. A sessão foi presidida pela juíza titular da comarca, Dra. Luciana Rech Slaviero Porath Boniotti, que também proferiu a sentença.
A defesa do réu ficou a cargo do Defensor Público Dr. Andrey Regis Mattos. A acusação foi conduzida pela Promotora de Justiça Dra. Jaquiline Liz Staub. O corpo de jurados foi composto por cinco homens e duas mulheres.
A pena imposta a José Eduardo da Rosa é uma das mais severas já aplicadas no âmbito da Comarca de Campo Novo, marcando um episódio de forte repercussão judicial e social na região.
Outro ponto que chamou atenção foi o papel da promotora Dra. Jaquiline Liz Staub, que, nos últimos dois meses, atuou nos dois crimes mais impactantes registrados recentemente na região: este caso, envolvendo Jéssica Helena Machado, e o caso de Daina Griá, julgado na Comarca de Coronel Bicaco.
A celeridade do processo também foi destacada pela população. Apenas nove dias após o crime, o delegado Vilmar Schaeffer concluiu a investigação e apresentou o inquérito. O julgamento ocorreu em menos de dois anos após o crime, sempre sob a condução da juíza Dra. Luciana Rech Slaviero Porath Boniotti.
Ao fim da sessão, a comunidade de Campo Novo elogiou a atuação do Poder Judiciário local, destacando a agilidade e a firmeza da resposta judicial diante de um crime que abalou a cidade.
Relembre o crime
Na manhã do crime, o acusado teria surpreendido Jéssica enquanto ela saía para o trabalho. Armado, ele a forçou a retornar à residência da família, onde também rendeu sua mãe, Noemi, que é surda, muda e analfabeta. Noemi foi amarrada e trancada no banheiro. Jéssica foi levada para o quarto, onde foi brutalmente assassinada com golpes de faca.
Na sequência, José Eduardo teria voltado ao banheiro, onde tentou matar Noemi com um golpe no pescoço. Acreditando tê-la matado, ele colocou mãe e filha no mesmo cômodo e ateou fogo na casa.
Mesmo ferida e com queimaduras, Noemi sobreviveu ao ataque fingindo-se de morta e conseguiu fugir. O acusado, por sua vez, fugiu do local com o carro da família, que também foi incendiado. No entanto, ainda no mesmo dia, ele foi capturado pela Polícia Militar e permanece preso desde então.
Fonte: Observador Regional
