Expositores de associação de artesãos contemplados com a Lei Rouanet
Expositores do Brique da Praça e a AAPASA estão instalados junto ao Pavilhão do Artesanato na Fenamilho Internacional, viabilizados pela lei cultural federal
Artesãos ligados ao Brique da Praça e à Associação dos Artistas Plásticos e Artesãos de Santo Ângelo (AAPASA) estão presentes na 21ª Fenamilho Internacional com estandes no Pavilhão do Artesanato, viabilizados por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). O projeto é assinado pela MK Produções Culturais, responsável pela articulação que garantiu o subsídio dos espaços.
A presença das duas associações garante visibilidade ao trabalho artesanal missioneiro, com peças que valorizam a cultura regional e técnicas tradicionais. Os visitantes da feira podem conferir uma variedade de produtos: artigos em madeira e em couro reaproveitado, utensílios, bonecas de pano, tapetes artesanais, panos de prato decorados, enxovais infantis, crochês, cuias e uma linha completa de acessórios voltados ao chimarrão.
Na manhã desta segunda-feira, 21, as soberanas da 21ª Fenamilho - a rainha Daniele Maísa Gabi e as princesas Ariadine Zenatti e Maria Augusta Crestani - visitaram o Pavilhão do Artesanato, acompanhadas pela Comissão Social da feira. Elas conversaram com os artesãos, prestigiaram os produtos expostos e interagiram com o público visitantes do espaço.
Marilene Paiva, vice-presidente da AAPASA, reforçou a importância do apoio público para garantir a participação dos artesãos no evento: “Sem o incentivo da Lei Rouanet, muitas de nós não teríamos condições de arcar com os custos de um estande. O artesanato é uma atividade de baixo lucro unitário, feita com muita dedicação, mas com margens apertadas”, afirmou. Atualmente, a AAPASA conta com 15 associadas, mas apenas duas estão participando da feira neste ano, devido a compromissos pessoais e limitações de agenda.
Já o presidente da Associação do Brique da Praça, Jaime Berres, destacou o valor simbólico e prático do apoio cultural. “A maioria dos nossos expositores atua aos domingos na Praça Ricardo Leônidas Ribas. Muitos são de outras cidades, trabalham em outros empregos e veem o artesanato como renda complementar ou hobby. O subsídio da Lei Rouanet torna possível essa participação em eventos maiores como a Fenamilho”.
Entre os expositores do Brique presentes na feira, destaca-se Neri Prestes, marceneiro do bairro Ditz, que apresenta miniaturas de carros antigos produzidos a partir de madeira reaproveitada. Suas peças, detalhadas e cheias de personalidade, chamam a atenção do público. Também estão no pavilhão Rozane Fabrício, com peças em couro e madeira reciclada, e Paloma Christmann, oferecendo uma linha de artigos voltados ao chimarrão, com criatividade e identidade regional.
Na opinião do presidente da 21ª Fenamilho Internacional Luis Alberto Voese, a presença dos artesãos na Fenamilho é de extrema importância. “Não só movimenta a economia criativa local, como também fortalece a cultura missioneira e valoriza o trabalho manual - muitas vezes invisibilizado, mas sempre essencial para manter vivas as raízes e tradições da região”, concluiu.
Texto: Tarso Weber | Fotos: Fernando Gomes
