Ainda Estou Aqui | Academia Brasileira volta atrás e filme competirá por prêmio
Academia Brasileira de Cinema havia declarado o filme como não-concorrente
Felipe Vinha
O filme Ainda Estou Aqui não participaria entre os concorrentes do Prêmio Grande Otelo 2025, conforme decidiu a Academia Brasileira de Cinema, mas a decisão foi revista e o filme, agora, competirá normalmente.
Acontece que a Academia havia optado por homenagear o filme, e o diretor Walter Salles, e considerar a produção como "hors concours", termo que diz a respeito de uma obra que não pode participar de determinado concurso por já ter sido premiada e considerada supostamente muito superior aos demais competidores.
Mesmo que Ainda Estou Aqui tenha se consagrado com a premiação de Oscar de Melhor Filme Internacional neste ano, a decisão da Academia Brasileira não deixou o público e críticos de cinema felizes. Assim, ela foi revista.
"A extraordinária trajetória do filme Ainda Estou Aqui fez com que, por unanimidade, a diretoria da Academia Brasileira de Cinema, com homologação de sua assembleia, decidisse oferecer o Prêmio Especial Grande Otelo 2025 ao filme, que seria recebido por Walter Salles e Fernanda Torres em nome de toda a sua equipe. Para isso, apesar de inscrito, teríamos que retirá-lo da competição e alçá-lo à categoria “hors concours”", diz o comunicado. "Recebemos hoje um pedido dos produtores do filme para que Ainda Estou Aqui participe da competição do prêmio deste ano. Dessa forma, a Academia Brasileira de Cinema, como não poderia ser diferente, acata e respeita a decisão dos produtores, recolocando o filme em todas as categorias por eles inscritas e o retirando do Prêmio Especial 2025", complementa a nota.
O Prêmio Grande Otelo conta com 30 categorias, sendo 29 delas escolhidas por júri técnico, com apenas uma decidida por voto popular. Diversos longas, curtas e séries nacionais concorrem por gêneros como drama, comédia, animação, entre outros, mais técnicos. Para este ano, 345 obras foram inscritas.
Ainda Estou Aqui bate 2 milhões de espectadores no Brasil
Vale lembrar que Ainda Estou Aqui levou o Oscar de Filme Internacional e também outras premiações. Fernanda Torres, por exemplo, ficou com Melhor Atriz de Filme de Drama no Globo de Ouro deste ano.
Ainda Estou Aqui é ambientado no Brasil de 1971, e mostra um país em crise e sob o controle cada vez maior da ditadura militar. Baseado nas memórias de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva, a história verídica acompanha uma mãe de cinco filhos que é obrigada a se reinventar como ativista quando seu marido é sequestrado pela Polícia Militar e desaparece sob sua custódia.
Fonte. Omelete company