Música brasileira que ficou mais tempo em 1º lugar nas paradas foi feita por anestesista
Hit ficou mais de um ano no topo das paradas brasileiras e levou artista a deixar carreira médica. Ele se tornou autor de outros sucessos gravados por nomes como Beto Guedes, Preta Gil, Frank Aguiar e a banda Roupa Nova
Receba as notícias em primeira mão da Rádio Web Cadeira Cativa
https://chat.whatsapp.com/DUbA5N5OshIKgGZbchhcLj
Há 43 anos, a canção “Muito Estranho”, escrita por Dalto e Cláudio Rabello, dominou as paradas musicais no Brasil e transformou a trajetória do músico. Aos 33 anos, Dalto deixou sua carreira como anestesista em Niterói (RJ) para se dedicar integralmente à música, após o lançamento do álbum homônimo, em 1982.
Décadas depois, o legado dessa faixa permanece forte. Um vídeo do músico e jornalista Raul Ruffo, publicado no Instagram, ultrapassou um milhão de visualizações ao destacar que “Muito Estranho” é a música brasileira que mais tempo ficou consecutivamente no topo das paradas: cerca de um ano inteiro. Dalto confirma que o álbum vendeu mais de 1,5 milhão de cópias na época e que o número pode chegar a 5 milhões atualmente, segundo registros em livros especializados.
O sucesso da canção foi tão intenso que tocava em todas as rádios do Rio, mesmo com lançamentos posteriores de Dalto que não conseguiram tirar “Muito Estranho” do topo. Sem grandes campanhas publicitárias, a música conquistou seu espaço e foi regravada por artistas renomados como Martinha, Roberta Miranda, Simone, Nando Reis e Toni Garrido.
"Música dos deuses": cientistas descobrem surpreendente instrumento da Antiguidade
Outros sucessos e parcerias
O álbum seguinte, “Pessoa”, trouxe outras composições de destaque, também em parceria com Cláudio Rabello, que foram reinterpretadas por nomes importantes da MPB. Faixas como “Pessoa”, “Espelhos d’água” e “Anjo” tiveram versões gravadas por Marina, Patrícia Marx, Beto Guedes, Preta Gil, Frank Aguiar e Roupa Nova. Já em 1988, Dalto lançou o disco “Um Coração em Mil”, incluindo a canção “Leão Ferido”, escrita com Byafra, que fez sucesso na voz do próprio artista de Niterói.
Hoje, aos 75 anos, Dalto valoriza a conexão com o público mais do que números: “Nunca dei importância para vendas. Meu foco sempre foi ver as pessoas cantando minhas músicas. Isso é o que importa.”, declarou em entrevista recente à revista União Brasileira de Compositores.
Créditos: Crédito: Marcello Casal/Agência Brasil)
Por Raony Salvador
Fonte. Revista fórum.com.br